Páginas

quarta-feira, 10 de novembro de 2010





quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cabo é marco de separação entre dois continentes

                A terra avistada pelo navegador espanhol Vicente Yañes Pinzón, em janeiro de 1500, considerada por muitos historiadores como o berço do Brasil, o Cabo de Santo Agostinho tem uma outra peculiaridade que é pouco conhecida: foi o ponto de ruptura entre a América de Sul e a África. O que antes estava unido à atual região da Nigéria-Gabão, separou-se há 100 milhões de anos, no Cretáceo Inferior, época que coincide com a extinção dos dinossauros. O divórcio foi um tanto conturbado, com erupções de vulcões e terremotos. As conseqüências do cataclismo podem ser vistas até hoje na costa sul do litoral pernambucano.

Uma das evidências que comprovam a localização do Cabo como ponto final da separação - do que anteriormente formava a grande massa continental denominada Gondwana, de acordo com a Teoria da Deriva Continental do cientista alemão Wegener - é a formação rochosa do local. O geólogo Cláudio de Castro, professor de Departamento de Geologia e Engenharia de Minas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que, na praia de Gaibu, por exemplo, podem ser observados os granitos mais jovens do Mundo, representando as cicatrizes dos momentos finais da ruptura.

Os mesmo granitos são encontrados no local da divisão no continente africano. "Turistas freqüentam a praia de Gaibu sem imaginar que estão testemunhando o local da extraordinária fase final da separação dos continentes", diz, completando que a tese é indiscutível entre os geógrafos e que toda a literatura internacional a atesta.

Outro aspecto geográfico do município que constata a divisão dos dois continentes são as rochas vulcânicas Bálsamo, Andesito e Riolitos, que podem ser observadas ao longo da rodovia PE-60. Mais a maior comprovação das erupções na região fica no município de Ipojuca, onde é encontrada uma chaminé de vulcão, localizada nas terras da Usina Ipojuca.

O roteiro formado na Era Cretácea se encerra numa das mais bonitas paisagens naturais da região. O Stock Granítico do Cabo de Santo Agostinho - um morro com amplitude de cerca de 60 metros acima do nível do mar, formando as mais belas praias do litoral pernambucano, as praias de Gaibu, Suape e Calhetas. O granito do Cabo de Santo Agostinho formado por rochas cristalizadas que afloraram à superfície após terremotos. O processo tectônico foi responsável pela erosão de centenas de metros de sedimentos que recobriam o granito. "A costa do litoral sul pernambucano é o resultado do mais marcante fenômeno da Geologia do Nordeste Brasileiro. Um local que, se unido com a costa africana, tem um encaixe preciso, como num quebra-cabeça", compara o  professor Cláudio de Castro.

Fonte: Diário de Pernambuco de 14.07.2002 – Caderno Especial - Talita Vasques

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Baía de Suape - Cabo de Santo Agostinho, PE - Foto: Miguel Igreja, Arq. PMCSA



Ermida de Nossa Senhora de Nazaré - Vila de Nazaré - Cabo de Santo Agostinho, PE. Foto: Renata Victor - Arq. PMCSA

quarta-feira, 27 de outubro de 2010


Farol de Nazaré - Cabo de Santo Agostinho. Foto: Renata Victor - Arq. PMCSA

CABO DE SANTO AGOSTINHO - Continuação

Lindos cenários não faltam no Cabo de Santo Agostinho e podem ser observados nos diversos mirantes, como do da Pedra da Pimenta, um dos principais atrativos do Município. Formado por afloramento granítico, a pedra é coberta por bromélias, vegetação rasteira e arbustiva. É o ponto mais alto da Região Metropolitana de Recife. De lá, avista-se um extenso canavial, o Oceano Atlântico e a movimentação do relevo da Mata Sul do Estado. Ao lado encontra-se a Pedra do Arroz, local utilizado para a prática de vôos de asa delta.

A Cachoeira de Gurjaú é um dos principais roteiros ecológicos do Cabo de Santo Agostinho. A cachoeira tem 20 metros de altura, formada pelas águas do Rio Gurjaú. Cercada por vegetação variada, possui mais de 12 saltos. Os afloramentos rochosos formam piscinas naturais própria para o banho, também podem ser apreciado.
Os amantes da ecologia podem visitar os parques e reservas que somam mais de 2.500 hectares de paisagens diversas, com fauna e flora preservada. A Reserva Biológica de Mangues e Restingas está situada no Engenho Ilha, em Ponte dos Carvalhos.  A Mata do Zumbi é uma das principais Reservas de Mata Atlântica do Município. Sendo cortada pela Rodovia Vicente Pinzón, a PE-28, que dá acesso as praias do litoral do Cabo de Santo Agostinho.

Num clima quente, lindas praias, piscinas naturais, vegetação de Mata Atlântica e rochedos, são 09 praias em toda sua orla marítima. O Cabo de Santo Agostinho é uma atração incomum aos turistas. Podemos desfrutar de práticas esportivas como: pesca mergulho, trekking, para-pente, pára-quedismo e rapel. Turismo pedagogico, Cultural, Religioso, Cientifico e de Observação. Isso tudo, tendo reservas de Mata Atlântica  por perto, além de um mar de areias brancas e águas cristalinas, distante apenas a 41 km do Recife.

Fonte: http://www.turismodonordeste.com