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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ponte do Paiva - Foto: Miguel Igreja - Arq. PMCSA.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010


Farol de Nazaré - Cabo de Santo Agostinho. Foto: Renata Victor - Arq. PMCSA

CABO DE SANTO AGOSTINHO - Continuação

Lindos cenários não faltam no Cabo de Santo Agostinho e podem ser observados nos diversos mirantes, como do da Pedra da Pimenta, um dos principais atrativos do Município. Formado por afloramento granítico, a pedra é coberta por bromélias, vegetação rasteira e arbustiva. É o ponto mais alto da Região Metropolitana de Recife. De lá, avista-se um extenso canavial, o Oceano Atlântico e a movimentação do relevo da Mata Sul do Estado. Ao lado encontra-se a Pedra do Arroz, local utilizado para a prática de vôos de asa delta.

A Cachoeira de Gurjaú é um dos principais roteiros ecológicos do Cabo de Santo Agostinho. A cachoeira tem 20 metros de altura, formada pelas águas do Rio Gurjaú. Cercada por vegetação variada, possui mais de 12 saltos. Os afloramentos rochosos formam piscinas naturais própria para o banho, também podem ser apreciado.
Os amantes da ecologia podem visitar os parques e reservas que somam mais de 2.500 hectares de paisagens diversas, com fauna e flora preservada. A Reserva Biológica de Mangues e Restingas está situada no Engenho Ilha, em Ponte dos Carvalhos.  A Mata do Zumbi é uma das principais Reservas de Mata Atlântica do Município. Sendo cortada pela Rodovia Vicente Pinzón, a PE-28, que dá acesso as praias do litoral do Cabo de Santo Agostinho.

Num clima quente, lindas praias, piscinas naturais, vegetação de Mata Atlântica e rochedos, são 09 praias em toda sua orla marítima. O Cabo de Santo Agostinho é uma atração incomum aos turistas. Podemos desfrutar de práticas esportivas como: pesca mergulho, trekking, para-pente, pára-quedismo e rapel. Turismo pedagogico, Cultural, Religioso, Cientifico e de Observação. Isso tudo, tendo reservas de Mata Atlântica  por perto, além de um mar de areias brancas e águas cristalinas, distante apenas a 41 km do Recife.

Fonte: http://www.turismodonordeste.com

Pedra da Pimenta recebe mudas de plantas nativas e frutíferas

Lago na Pedra da Pimenta
Vista do Alto da Pedra da Pimenta
A Secretaria de Meio Ambiente do Cabo de Santo Agostinho preocupada com a destruição de uma das paisagens turísticas mais belas do Estado, a Pedra da Pimenta, no distrito de Jussaral, considerado o ponto mais alto da Região Metropolitana do Recife. Por isso, foram plantadas, mudas de plantas nativas e frutíferas na área. O local vem sendo devastado ao longo dos anos e necessitava de um reflorestamento.

O plantio conscientizou os moradores da comunidade sobre a importância de preservação do local. Alunos da Rede Municipal de Jussaral também estiveram presentes. A construtora Odebrecht doou 5 mil mudas para o reflorestamento das áreas de nascentes e córregos da Destilaria Sibéria, também localizada, no Cabo de Santo Agostinho, sendo seus engenhos de grande importância para a composição hidrográfica do rio Pirapama.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho, apoiou essa ação que tem a finalidade de incentivar a população cabense a valorizar as riquezas naturais do município, de forma a preservar o meio ambiente.

Fonte: Site: www.cabo.pe.gov.br

Texto: Sandra Veiga – Estagiária/Secom
Fotos:Site: www.panoramio.com

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ATRATIVOS TURISTICO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

Igreja Matriz de Santo Antônio
Está situada no centro da cidade. Foi construída no século XVII, sobre os restos de uma antiga capela conhecida como Capela de Santo Antônio, foi ampliada no final do século XIX e posteriormente no ano de 1914. Merece especial destaque seu belo altar em estilo barroco.

Engenho Massangana
O Engenho Massangana é um conjunto arquitetônico construído no século XIX, formado pela Casa Grande, a Capela de São Mateus, antiga senzala e as dependências dos hóspedes. Foi o lugar onde viveu parte de sua infância Joaquim Nabuco, grande impulsor da luta contra a escravidão no Brasil. Está localizado no bairro Massangana, próximo da PE-60 e conserva-se em excelente estado. Atualmente é administrado pela Fundação Joaquim Nabuco e é um dos centros culturais mais importantes do Município.

Complexo Portuário de Suape
Porto de Suape é um dos complexos industriais e portuários mais importantes do Brasil, junto com os portos de Recife e Petrolina. Foi inaugurado nos anos 70 do século XX e suas instalações estão localizadas parte no Cabo de Santo Agostinho e outra parte no município de Ipojuca.  O Porto está a 40 km de distância de Recife. Possui uma excelente infra-estrutura, é o ponto de confluência das principais rotas comerciais que comunicam a costa do Brasil com os demais continentes.

Forte Castelo do Mar
O Forte Castelo do Mar, conhecido como Forte de Nazaré, situa-se em uma das extremidades de Cabo de Santo Agostinho. Foi construído pelo Conde Bagnoli no ano de 1631 para a proteção do porto e de seus habitantes, e durante a ocupação dos holandeses foi conhecido como Water Kastell. Nas suas proximidades encontra-se as ruínas do Velho Quartel, pequena fortaleza que servia de apoio ao forte.

Ruínas do Velho Quartel
O Velho Quartel é uma pequena fortaleza militar construída para dar apoio e proteger o Forte do Castelo do Mar. Foi construída a uma altura superior ao do forte e desde ali se pode contemplar uma excelente vista panorâmica do Forte, do Porto de Suape, Ilha de Cocaia e do Pontal de Suape.

Suspiro da Baleia
Suspiro da Baleia é uma atração natural localizada nas imediações da antiga Casa do Faroleiro. A margem do mar existe uma pequena gruta natural que quando bate as ondas surge de dentro das rochas um extraordinário jato de água que parece um suspiro de baleia, daí a origem do nome.

Baterias de São Jorge I e II
As Baterias de São Jorge I e II são edificações militares construída pelos portugueses no século XVI, para guarnecer a entrada da barra da baia de Suape. Localiza-se a oeste do Forte Castelo do Mar.

Forte Pontal de Suape
O Forte Pontal de Suape localiza-se na praia de Suape, sua construção foi iniciada pelos portugueses no século XVI e terminado pelos batavos com a Invasão Holandesa.

Sitio Histórico Vila de Nazaré
O Sitio Histórico Vila de Nazaré está inserida no Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti. Formada pela Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, ruínas do Convento Carmelita, Cemitério, Farol Novo, antiga Casa do Faroleiro, Forte Castelo do Mar, antigo Quartel, Forte São Francisco Xavier de Gaibu, Baterias de Calhetas e São Jorge I e II e Capela Velha. É uma vila colonial do século XVI, origem da História do Brasil e palco de batalhas entre luso brasileiros e holandeses. Localizada a 60 metros acima do nível do mar.

Igreja de Nossa Senhora de Nazaré
A Igreja de Nossa Senhora de Nazaré situada na Vila de Nazaré, ponto mais alto do Cabo de Santo Agostinho, no interior do Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti, Sítio Histórico. Foi construída pelos portugueses no século XVI e reconstruída em várias ocasiões no decorrer da sua história. É um monumento de estrutura retangular com uma só cúpula, coro, capela-mor, cantarias de arenitos, seteiras e uma galeria lateral até a sacristia.

Convento Carmelita
 O Convento Carmelita está situado na Vila de Nazaré. Foi construído pelos Frades Carmelitas da Ordem da Bahia, no final do século XVII.

Bateria de Calhetas
A Bateria de Calhetas é uma pequena fortaleza militar construída pelos portugueses no século XVI para a proteção contra as invasões holandesas. Está localizado na praia que leva o mesmo nome. Atualmente está em ruínas.

Forte São Francisco Xavier
O Forte São Francisco Xavier está situado na Praia de Gaibu e foi construído pelos portugueses no século XVII. Destacam as ruínas do casario que servia de apoio ao forte.

Capela de São Gonçalo do Amarante
A Capela de São Gonçalo do Amarante, foi construída no século XVII, está localizada nas terras do Engenho Jurissaca.

Igreja de São José do Paiva
A Igreja de São José do Paiva é um pequeno santuário situado em um marco incomparável às margens da praia do Paiva, rodeada de coqueiros e reserva de Mata Atlântica. Foi construída no século XVII.

Morro Melo
O Morro Melo é um morro com elevada altura situada em um dos lados da Praia do Paiva. A escalada ao seu pico é um dos esportes que se pode praticar. A escalada é feita por escaladores especializados. Uma vista de panorâmicas de 360º que se obtêm da Reserva de Camaçari e do Oceano Atlântico.

Banho de Lama
O Banho de Lama é uma das atrações turísticas mais visitadas que podemos encontrar no Município do Cabo de Santo Agostinho. As areias dos lagos são compostas basicamente por caulim, uma argila branca pura utilizada para a fabricação de porcelana e cerâmica. Segundo a crendice popular é um banho medicinal. Está situado na Mata Duas Lagoas, a 300 metros à esquerda, após a entrada da estrada da Praia de Itapuama.

Lagoa do Zumbi
A Lagoa do Zumbi está localizada no interior da extensa da reserva de Mata Atlântica, a Mata do Zumbi, declarada Reserva Natural e, de grande importância para os pesquisadores e amantes da natureza pelo seu grande valor.

Rio Massangana
O Rio Massangana divide os municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. No seu interior, cheio de manguezais, destacam as Ilhas de Cocaia e Tatuoca.

Rio Jaboatão
O Rio Jaboatão desemboca na divisa dos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho unindo-se ao Rio Pirapama formando um estuário de grande importância para os dois Municípios.

PRAIAS CABO DE SANTO AGOSTINHO

O litoral do município de Cabo de Santo Agostinho estende-se por 24 quilômetros de orla marítima. Desde a Praia do Paiva até a Praia de Suape, ao sul de Cabo de Santo Agostinho. São praias paradisíacas, de areias finas e brancas, águas mornas e cristalinas e tranqüilas. Propicia para o banho e os esportes náuticos.

Praia do Paiva
Situada entre o Rio Jaboatão e Praia de Itapuama, rodeada de coqueiros e com águas tranqüilas. Nas suas imediações podemos desfrutar das piscinas naturais nas marés baixas. É o lugar onde se realiza a Festa da Lavadeira, uma das maiores manifestações culturais do Cabo de Santo Agostinho.

Praia de Itapuama
Significa “Pedra Bonita” na língua Tupi. Praia bonita e extensa rodeada de coqueiros com ondas fortes, ideais para esportes náuticos e pesca. Conta com piscinas naturais de formação vulcânica.

Pedra ou Ponta do Xaréu
Praia pequena com areia fina, rochas, águas tranqüilas, mornas e cristalinas. Nas marés baixas formam-se pequenas piscinas naturais de origem vulcânica entre as rochas.

Enseada dos Corais (antiga praia do Boto)
A Praia Enseada dos Corais, conhecida antigamente como Praia do Boto, é uma praia encantadora com areia fina com águas mornas e tranqüilas, famosa pelos recifes de corais situados na beira da costa, onde nas marés baixas formam-se piscinas naturais.

Praia de Gaibu
Gaibu é a principal praia do município do Cabo de Santo Agostinho, situada na continuação da Enseada dos Corais, a mais visitada pelos turistas. Possui águas mornas e cristalinas e propicia para esportes náuticos.

Praia de Calhetas
É uma praia pequena e considerada uma das mais belas do Brasil, com uma baía cercada de pedras, cheia de coqueiros e com o mar tranqüilo e cristalino, ideal para os amantes do mergulho e a pesca submarina.

Cabo de Santo Agostinho
O Cabo de Santo Agostinho é o marco geológico mais importante do planeta. Segundo Professor Claudio de Castro, da Universidade Federal de Pernambuco, em sua tese de doutorado, defende que o Cabo de Santo Agostinho foi o ponto de ruptura da separação dos continentes. É o acidente geográfico mais antigo do Brasil, com +/- 102 milhões de anos. As Praias de Calhetas e a Praia do Paraíso estão inseridas no Cabo. Suas imediações são espetaculares mirantes naturais, onde destacam as maravilhosas vistas das praias de Candeias, Piedade, Recife e Olinda.

Praia do Paraíso
A Praia do Paraíso, conhecida antigamente como a Praia de Preguiça, é a praia de menor extensão do Estado de Pernambuco. Quase sem areias, perto de rochas e recifes.


Praia de Suape
A Praia de Suape está situada nas proximidades do Porto de Suape, entre a praia do Paraíso e o Rio Massangana, lugar onde ocorreram numerosas batalhas entre lusos brasileiros, índios caetés e holandeses, na época da colonização do Brasil. Por ser um cabedelo, a praia de Suape possui águas tranqüilas e turvas e pequenas ondas, de pouca profundidade protegidas pelo cinturão de arrecifes de corais. Em suas águas encontram-se as ruínas do Forte do Pontal de Suape, somente visível nas marés baixas.

Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho
Palácio Joaquim Nabuco
Praça Ministro André Cavalcanti, snº - Centro
CEP: 54.505.905 – Cabo de Santo Agostinho, PE.
Fone: 81 3521 6600 | E-mail: prefeito@cabo.pe.gov.br

Brasão do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco

Bandeira do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco

GRANITO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO PERNAMBUCO, BRASIL

A região do Cabo de Santo Agostinho, litoral Pernambucano, reúne geologia, história e turismo. Geologicamente, representa a única região onde afloram rochas graníticas de idade cretácea em todo o Brasil, de 102+/-1 Ma (Nascimento 2003). O Granito do Cabo faz parte das rochas ígneas da Província Magmática do Cabo que se distribuem ao longo da bacia sedimentar de Pernambuco. Além disso, historiadores mostram que em 26 de janeiro de 1500, ou seja, três meses antes de Pedro Álvares Cabral chegar ao Brasil, à região havia recebido a visita do navegador Vicente Yañez Pinzón, o qual desembarcou na baía de Suape. Desta forma, a área de ocorrência do Granito do Cabo é, para alguns historiadores, o marco da chegada dos europeus ao Brasil. Neste local, encontram-se, ainda, construções do século XV, com destaque para a Igreja de Nazaré e as ruínas do Convento Carmelita e do Forte Castelo do Mar, bem como as belíssimas praias de Gaibu, Calhetas, Paraíso e Suape.
O Granito do Cabo de Santo Agostinho, ou simplesmente Granito do Cabo, encontra-se situado a aproximadamente 36 km a sul da cidade do Recife no Estado de Pernambuco, mostrando-se como um corpo semicircular com cerca de 04 km2 de área e uma altura de 60 m, de onde é possível admirar uma das mais bonitas paisagens da região. Suas rochas formam um promontório no litoral sul de Pernambuco, nos arredores das praias mais visitadas deste litoral: Gaibu, Calhetas, Paraíso e Suape.
GEOLOGIA HISTÓRICA
Em 1902, John Casper Branner fez uma das primeiras menções ao referido granito no seu trabalho clássico denominado de Geology along the Pernambuco coast south of Recife, publicado no Geological Society America Bulletim. No entanto, cerca de 400 anos antes, em 26 de janeiro de 1500, historiadores mencionam que Vicente Yañez Pinzón desembarcava no ponto mais ocidental do Estado de Pernambuco, ancorando na baía de Suape, cerca de três meses antes do feito histórico de Pedro Álvares Cabral, que culminou com o Descobrimento do Brasil.
Sobre o referido granito foram edificados inúmeros monumentos que faziam parte da Vila de Nazaré e hoje faz parte do "Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti". Neste Parque esta inserido o Sítio Histórico Vila de Nazaré, formado pela Igreja Nossa Senhora de Nazaré, ruinas do antigo Convento Carmelita, Cemitério, Antiga Casa do Faroleiro, Farol e Capela Velha. A Igreja de Nossa Senhora de Nazaré  é m dos monumentos mais importantes da região, tombado pelo Decreto Estadual nº 16.623 de 29 de abril de 1993. A Igreja e as ruinas do Convento são também tombados em nivel federal deste o ano de 1961. As  paredes foram erguidas usando-se óleo de baleia para unir os tijolos de pedra do próprio granito. Situando-se no ponto mais alto do Granito do  Cabo de Santo Agostinho.
Neste parque encontra-se ainda as ruínas do Forte Castelo do Mar ou Forte de Nazaré, uma edificação militar portuguesa, erguida em pedra e cal, em 1631, também pelo Conde de Bagnoli. Esta fortaleza servia de proteção contra invasões ao Porto de Nazaré. Representa um dos principais cartões postais da região. Próximo a este forte (no alto do morro) encontram-se as ruínas do Quartel Velho, erguidos por Conde de Bagnoli e que servia de apoio para o Forte Castelo do Mar.
Na antiga Vila de Nazaré encontra-se ainda as ruínas do Convento Carmelita, uma construção luso-brasileira iniciada em 1692 e concluída em 1731, ao lado da Igreja de Nazaré.
Este é considerado um dos monumentos mais importante do Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti. Nas ruínas deste convento ainda pode ser observado o lavatório utilizado pelas freiras na época.
Já no século XIX foram construídos o Cemitério da Vila de Nazaré para o descanso eterno dos entes queridos e a Casa do Faroleiro (entre 1882 e 1883), que se destinava à morada do faroleiro e como depósito de equipamentos do farol.

GEOLOGIA DO GRANITO DO CABO
Há cerca de 102 milhões de anos, a região do Cabo de Santo Agostinho era palco de um intenso magmatismo que deu origem a rochas como traquitos, riolitos, ignimbritos, basaltos e o próprio Granito do Cabo. Essa intensa atividade magmática deixou uma vasta exposição de rochas objeto de inúmeras pesquisas geocientíficas na região.
A mineralogia essencial é representada por feldspatos (ortoclásio e plagioclásio) e quartzo. O mineral máfico principal é o anfibólio, ocorrendo ainda como acessórios opacos, alanita, fluorita, apatita, zircão; além de biotita, epídoto e carbonato como secundários. Uma feição marcante é a presença de textura granofírica formada por intercrescimento simultâneo de quartzo e K-feldspato, corroborando com o posicionamento hipabissal deste granito. Algumas amostras de borda do corpo, mesmo sem marca de intemperismo, mostram alterações marcantes nos feldspatos. Os autólitos de microgranito encontrados no Granito do Cabo apresentam mineralogia idêntica a fácies principal do granito.
O GRANITO DO CABO E SUAS PRAIAS
Ao redor do corpo granítico ocorrem belíssimas praias com destaque para as de Gaibu, Calhetas, Paraíso e Suape. A Praia de Gaibu é uma das mais badaladas do litoral sul pernambucano. Uma das atrações principais é escalar o granito para apreciar um belo visual do mar e para conhecer a Praia de Calhetas.
Esta última encontra-se encravada entre rochas do granito e coqueirais. Esta pequena baía é considerada uma das mais belas praias do Brasil sendo procurada para pesca submarina e mergulho.
A Praia de Paraíso é a menor da região, com fragmentos de rochas do granito na areia e no mar, tornando a paisagem ainda mais bela. É imperdível observar a paisagem de toda a baía de Suape dos diversos mirantes no local. Por fim, a Praia de Suape mostra águas cristalinas e mornas, sendo o mar pouco profundo e sem ondas, propício para banhos e excelente para os esportes náuticos.
BIBLIOGRAFIAS
1.       Geology along the Pernambuco coast south of Recife. Geol. Soc. Amer. Bull., Washington, volume 13, páginas 58-92. Escrito por John Casper Branner, 1902.
2.        Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho. Formação Histórica e Geográfica do Cabo. Cabo de Santo Agostinho: Departamento de Estudos Sociais, Secretaria de Educação, 1988.
3.        A bacia costeira de Pernambuco. Publicado no Simpósio Nacional de Estudos Tectônicos como Roteiro de Excursão por Mário Ferreira Lima Filho em Recife/PE, 2001.
4.        Catálogo Cultural do Cabo de Santo Agostinho - 502 Anos - Ruínas e Monumentos. Organizador: Marcos Ferreira de Moraes, 2002.
5.        Guia & Mapa Turísico do Cabo de Santo Agostinho. Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho, 2002.
6.        Geologia, Geocronologia, Geoquímica e Petrogênese das Rochas Ígneas Cretáceas da Província Magmática do Cabo e suas Relações com as Unidades Sedimentares da Bacia de Pernambuco (NE do Brasil). Tese de Doutorado, Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 233p. Elaborada por Marcos Antonio L. do Nascimento, 2003.


SITES NA INTERNET
Exército Brasileiro = http://www.exercito.gov.br/05Notici/VO/174/cbagosti.htm
Cidade do Cabo de Santo Agostinho = http://www.cabo.pe.gov.br
Diário de Pernambuco = http://www.pernambuco.com/turismo/cabo.html
Patrimônio de Pernambuco = http://www.patrimoniope.arq.br/rmr/cabo/cabo.htm
Hotel Canarius = http://www.hotelcanarius.com.br/gaibu/turismo_local.htm

REFERÊNCIA DESTE TRABALHO

Nascimento M.A.L. 2004. Geologia, História e Turismo da região do Granito do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, NE do Brasil. www.geobrasil.net/geobrasil.htm, excursões virtuais, 6p.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Brasil Além dos 500 Anos

BRASIL ALÉM DOS 500 ANOS
  
Brasil: este nome dado a um país do continente sul-americano leva consigo uma interessante história, uma vez que atrás desses cinco séculos de história oficial, ocorreram fatos que nossos avós e professores não conheciam, fatos esses que hoje estão referenciados em várias fontes.

O nosso país não foi descoberto em 1500, nem a América o foi em 1492.  Séculos antes de Colombo e Cabral colocarem os seus pés no chamado Mundo Novo, povos de várias partes do mundo já haviam se estabelecido neste Continente.  Em vários pontos do Brasil, existem provas reais dessas presenças.  Inscrições misteriosas em rochas e alguns restos de cidades que foram construídas são sinais evidentes dessas presenças.

Mesmo num passado menos remoto, há evidências de que Cabral não foi o primeiro português a chegar ao Brasil.  Antes dele, Bartolomeu Dias (1488) e Vasco da Gama (1497/1498) já haviam estado aqui, “secretamente”.  Duarte Pacheco Pereira afirmou que esteve em algum lugar da América (talvez o Maranhão).  Os espanhóis também aqui estiveram, representados por Vicente Yañez Pinzón, que em 26 de janeiro de 1500, desembarcava provavelmente nos arredores da atual cidade de Fortaleza-CE.  Menos de um mês depois, outro espanhol, Diego de Lepe, chegava ao Cabo São Roque (RN).

Outras teorias vão mais além: propõem que os sinais encontrados no Brasil e em outros pontos das Américas não foram deixados por civilizações que vieram da África, Europa ou Oriente Médio, mas sim, de povos que se desenvolveram por aqui mesmo e, por alguma razão, desapareceram.  As idéias mais radicais, ou apenas mais ousadas, afirmam que o território brasileiro poderia ser o berço de alguma das grandes civilizações do planeta, ou que na América Central estaria a verdadeira Atlântida.

Há relatos de que em 1100 a.C. aconteceu a primeira viagem de uma frota de fenícios ao Brasil.  Eles saíram da costa africana e atravessaram o Atlântico, encontrando as mesmas correntezas marítimas das quais mais tarde se aproveitaria Pedro Álvares Cabral, já tendo a posse do mapa geográfico da rota seguida pelos fenícios.  É sabido que qualquer garrafa lançada ao mar na costa ocidental da África, após semanas, às custas das correntes marítimas, chega ao Rio Grande do Norte – esta corrente que vem da Guiné até o Brasil era conhecida desde a antiguidade.  Os navios fenícios andaram para o sul, ao longo da costa da África, quando perderam o continente de vista e encontraram uma grande ilha com praias, serras e uma população pacífica e inteligente – na costa entre o que é hoje Pernambuco e Bahia.  Então, pode-se afirmar que o verdadeiro descobrimento do Brasil deu-se em 1100 a.C.

No ano 1000 a.C., os fenícios já conheciam as ilhas da América Central – as Antilhas (ou Atlantilhas – pequenas Atlântidas).  Nessa época, eram maiores e, no lugar do Mar das Caraíbas, havia ainda um pedaço de terra firme chamado “Caraíba” – terra dos Carás ou Caris.  Nesse local e nas ilhas ao redor, viviam as sete tribos da nação Tupi, que eram refugiados da desmoronada Atlântida.  Chamavam-se Caris, e eram ligados aos povos Cários, do Mar Mediterrâneo.  Os sacerdotes deram-lhe o nome “Tupi”, que significa filhos de Tupã.  Com o desaparecimento desses últimos fragmentos da Atlântida, os Tupis rumaram para o continente em pequenos barcos, chegando onde está hoje a Venezuela.  O nome da capital, Caracas, prende-se a essa origem.  Mais tarde, os fenícios trouxeram os Tupis para o norte do Brasil.

A língua Tupi pertence às línguas pelasgas – falada em Atlântida.  Os pelasgos tinham uma organização sacerdotal (cários) e mantinham o comércio marítimo com os fenícios.  A partir disso, formou-se uma língua para o entendimento entre os mercantes: Lasgos-tupi ou nhenhem-catu, que era falada pelos fenícios e os sumés (sacerdotes) dos Tupis.

Os Tupis emigraram para a foz do rio Parnaíba, chegando então à ilha de São Luiz (mara-ion “o grande rio na terra” à Maranhão) e ao rio Pará – embocadura oriental do rio Amazonas.

O padre Antônio Vieira, o grande apóstolo dos indígenas brasileiros, assevera em pontos de seus livros, que os Tupinambás (homens da legítima raça Tupi), assim como os Tabajaras (primeira leva de Tupis que chegaram ao Brasil), contaram-lhe que os povos Tupis emigraram para o norte do Brasil, vindos de um país que não existia mais.  Mais tarde haviam surgido os Tupiniquins, tribo indígena tupi-guarani, grupo mais tardio de emigração.

No período e 990 a 960 a.C., os fenícios ofereceram ao rei Davi, da Judéia, a aliança para exploração comum da Amazônia, para procura de ouro e pedras preciosas.  Estabeleceram no Brasil daquela época as feitorias e ensinaram aos índios a mineração pelo sistema egípcio.  Era conhecida a amizade entre os reis Davi (da Judéia), Hirã (da Fenícia) e Salomão (do Egito), que formaram a Tríplice Aliança.

Em 950 a.C., um líbio chamado Checonak revoltou-se contra o rei Salomão e dividiu o reino judaico em duas partes:  Jerobão (norte) e Roboão (sul).  Checonak roubou o ouro de Roboão e o levou para Karnak, uma cidade situada às margens do rio Nilo.  Em 940 a.C., Checonak ofereceu sociedade aos fenícios para procurar ouro.  A partir daí, surgiram os primeiros egípcios – mineradores de ouro – na nossa terra.  O nome Solimões dado para o curso médio do rio Amazonas refere-se ao rei Salomão.

Ossadas humanas encontradas por volta de 1844, em Lagoa Santa-MG, com idade atribuída de 20 a 40 mil anos, indicam civilizações que também foram encontradas em Tiahuanaco, no Peru, o que confirmaria a antigüidade da civilização sul-americana e, em especial, a brasileira.

Estudando vestígios encontrados na região amazônica e em outros pontos da América do Sul, o historiador paraguaio Marcelino Machuca Martinez entendeu que navegadores fenícios teriam vindo para a foz do rio Amazonas, onde fundaram um reino ao qual ele deu o nome de Mairubi.  Segundo Martinez, informações a esse respeito podem ser encontradas em textos do historiador Selênio, dirigidos ao rei da Frigia, em 1329 a.C., nos quais ele informava ao monarca sobre o estabelecimento da colônia em terras distantes.  Por volta de 1100 a.C., os colonizadores teriam partido em dois grupos de exploração: um seguindo pela costa até a região do Rio da Prata, e o outro, penetrando na Amazônia até atingir os Andes e o lago Titicaca, onde deram origem à civilização de Tiahuanaco.
Os sinais que Martinez viu são os mesmos encontrados por Peregrino Vidal ou Bernardo da Silva Ramos, que pesquisaram locais como a Pedra da Gávea-RJ, Itapeva, Itaquatiá, Aruoca, Lapa Vermelha, Sete Cidades, Pouso Alto, Monte Alegre e outros lugares.  Bernardo da Silva Ramos trabalhou durante 30 anos na identificação e catalogação de sinais e inscrições no Brasil, coletando cerca de 1500 registros que foram reunidos no livro “Inscrições e Tradições da América Pré-histórica”, publicado pela Imprensa Oficial do Rio de Janeiro.  Essa obra foi examinada pela Comissão de Arqueologia, em 1949, que chegou à conclusão de que os desenhos correspondiam a caracteres fenícios, gregos, hebraicos e árabes.

Uma das gravações mais famosas do país está na Pedra do Ingá, na Paraíba.  A rocha, que tem 20m de comprimento, foi descoberta em 1598 e estudada pelo cientista Elias Eckerman e outros historiadores, mas não foi possível decifrar as inscrições, entre as quais existe uma representação da Constelação de Órion.

Pesquisadores encontraram nos nomes de algumas localidades brasileiras uma origem lingüística distante, especialmente fenícia.  Os fenícios apoiaram os troianos na guerra contra os gregos e, após a derrota, teriam ajudado levando milhares de sobreviventes para suas colônias, algumas das quais receberam o nome da cidade original.  Tutóia, no Maranhão, teria o nome original de Tur-Tróia.  Tur era a metrópole dos fenícios e Tróia o centro de resistência à invasão grega.  As cidades de Touros, no RN e Torres, na Bahia trazem nos seus nomes a mesma origem.

Em 750 a.C., ocorreu uma tragédia na família real de Tiro – capital da Fenícia.  O rei foi assassinado e a rainha fugiu para Cartago (África), fechando o Estreito de Gibraltar para os vitoriosos (tírios), impedindo assim a saída de emigrantes para a grande ilha (o Brasil).  Com o tempo, restabeleceu-se a amizade e apareceram aqui os cartagineses.

Em 332 a.C., Tiro foi destruída por Alexandre, que também estabeleceu domínio no Egito, fundando Alexandria, no delta do rio Nilo.  A frota de Alexandre chegou à América do Sul, atingindo também o rio da Prata, no RS.

Em 270 a.C., Roma vence Cartago e os refugiados transferiram-se para a capital – ilhas Macárias ou Fortunatas, Afortunadas ou Canárias.  A partir desse momento, cortaram-se as relações marítimas e comerciais entre o Mediterrâneo e o Brasil.  Os fenícios e egípcios que aqui estavam foram para oeste e norte (Bolívia, Peru e México), donde originaram as civilizações maia e inca.

Já nos séculos IV  e V, os romanos dominavam o Mediterrâneo, e o patrimônio marítimo dos fenícios passou para os árabes.  No império romano, já se conhecia a nomenclatura geográfica da “ilha das sete cidades”.

No século VIII, quando os maometanos árabes destruíram os visigodos na Espanha e invadiram a Lusitânia (hoje Braga, em Portugal), o arcebispo de Porto-Cale (Portugal) recusou submeter-se à dominação dos maometanos, e a emigração para a “ilha das sete cidades” surgiu como único meio de evitar o domínio.  No ano de 734, a emigração Ibérica deslocou cerca de 5000 pessoas.

Quando o reino de Castela (Espanha) lutou contra os muçulmanos, os castelhanos sentiram-se donos de Portugal.  Após lutar contra os árabes, Dom João I (que era membro da Ordem de Aviz – uma organização religiosa e militar), foi obrigado a lutar contra os castelhanos.  Ao vencê-los, entregou a um de seus filhos – o infante Dom Henrique – a incumbência de armar a frota portuguesa para defender Ceuta (cidade no outro extremo do estreito de Gibraltar).

Muito antes de Cabral aqui aportar, então, nossa terra já havia sido visitada por outras civilizações.  O Professor Henrique José de Souza ensinava que exatamente sete ramos raciais aqui estiveram com o objetivo de formar um primeiro caldeamento de raças.  Dentre esses povos, os fenícios, babilônios, hebreus, sumérios, gregos, egípcios e etruscos (a estes últimos se atribui a criação da riquíssima cerâmica marajoara, que apresenta as letras do alfabeto etrusco), conforme afirmado por diversos pesquisadores que estudaram inscrições rupestres, lendas e artefatos existentes no Brasil. 

Um dos raciocínios lógicos que levou pesquisadores a pensarem no Brasil como centro de desenvolvimento de uma sociedade refere-se à idade geológica do nosso terreno, em alguns pontos superior a 600 milhões de anos, com rochas que chegam a medir 2,5 bilhões e anos.  Segundo os cientistas calculam, o planalto central brasileiro já havia se elevado acima do nível do mar, enquanto a maior parte das terras do planeta ainda esta submersa ou formando pequenas ilhas.

No Rio de Janeiro, a Pedra da Gávea tem o formato de uma esfinge Assírio-Babilônica, também conhecida como Esfinge Fenícia.  Nessa pedra há algumas inscrições cuneiformes, que foram traduzidas em 1836, por Bernardo da Silva Ramos, como:  “Tiro Fenicia, Badezir primogênito de Yet-Baa.

O Professor Henrique José de Souza afirmou que as inscrições dizem: “Tiro Fenicia, Yet-Baal, o primogênito de Badezir”.  O rei Badezir da Fenícia veio com sua corte para o Brasil, em 800 a.C.  Teve oito filhos dos quais os dois primogênitos foram Yet-Baal (filha) e Yet-Baal-Bel (filho), que formavam a parelha manúsica (os gêmeos espirituais).

Os demais irmãos invejavam os dois, porque o pai os escolhera como conselheiros, em razão dos seus dotes espirituais e sua alta inteligência; em razão disso, instalou-se uma revolução na Fenícia, foi derrubada a monarquia de Badezir e instalada a república.  Badezir fugiu com parte da corte para estas terras.  Esse grupo era formado pelo Rei e os filhos, por 8 sacerdotes, 2 escravos núbios (africanos), 49 militares e 222 componentes da elite fenícia.

O território daqui foi dividido em 2 partes: da parte que compreende as terras hoje do Amazonas até a Bahia, para Badezir, representando a parte material; da Bahia até o Rio Grande do Sul, para Yet-Baal: parte espiritual.

Numa travessia do Rio para Niterói, o barco que transportava os filhos naufragou numa tempestade provocada por forças do mal.  Badezir pediu que, quando morresse, seu corpo deveria permanecer junto aos dos filhos, por 7 anos e que fosse após, transportado para um santuário secreto na selva amazônica.

Os fenícios usavam a Pedra da Gávea como um mirante, daí o seu nome, pois gávea é o mirante dos navios.  No interior dessa pedra, há um templo escavado, onde foram recolhidos os corpos mumificados dos gêmeos, transformando-se em túmulo, o que resultou num pesado karma sobre essa região.  A entrada desse templo só foi encontrada uma vez.

           
O “ACHAMENTO” PORTUGUÊS

Após o declínio das terceira e quarta raças-mães, o Itinerário de Io voltou-se novamente para o Oriente, de onde surgiram civilizações como os etruscos, celtas, hititas, citas e outros.  Segundo o esoterismo, durante um longo período, o constante e proposital conflito entre esses povos fez com que um dominasse o mar Mediterrâneo, que dava acesso ao comércio com o Oriente: os árabes.

Com rica presença de civilizações desenvolvidas, a Península Ibérica, após alguns conflitos entre a dinastia dos bárbaros (assim denominados os povos nórdicos), foi limitada e nacionalizada como um reino que hoje conhecemos como Portugal.

Devido à sua localização geográfica e sócio-econômica, Portugal sentiu necessidade de fazer comércio com as Índias.  Porém, o mar Mediterrâneo estava sob domínio árabe.  A partir daí, houve a necessidade de encontrar um novo caminho.  Em razão da crise que abalava o país, a primeira Dinastia entrou em declínio, e uma nova iniciou-se com D. João I, que, junto com sua mulher Filipa de Lencastre, geraram o infante D. Henrique de Sagres (JHS).

Na sua marcha do Oriente para o Ocidente, a civilização ariana, depois de transferir-se para o Tejo, tinha que terminar às margens do Amazonas, e coube aos portugueses a missão de transportá-la até aqui, através do Atlântico, nas caravelas.  Cabral tinha como missão oculta realizar o primeiro passo para a fusão das mônadas ibéricas, já largamente trabalhadas para o caldeamento das várias raças, às mônadas aqui existentes, desde o cataclismo destruidor da Atlântida, a fim de surgir a nova raça anunciada há milênios.

A Ordem de Cristo (Ordem de Cavalaria de Nosso Senhor Jesus Cristo) herdou, no início do século XIV (1319) o patrimônio dos Templários (a Ordem do Templo, formada por frades-militares que prestaram serviços nas Cruzadas), ordem esta extinta pelo Papa Clemente V. 

A herança recebida pela Ordem de Cristo foi outorgada com a condição de que não diminuísse, mas aumentasse esse patrimônio, que era composto de castelos, vilas e terras no Reino de Portugal.

À época,  o grande desafio para a conquista de novas terras era o oceano, porque não havia estudos suficientes para permitir a navegação segura, bem como navios apropriados.  Nesse século XVI, Dom Dinis, Rei de Portugal, mandou plantar pinhais para a fabricação de barcos apropriados para esse desafio (as caravelas que seriam produzidas mais tarde).

Dom Henrique, dado como autor da obra “Secreto de los Secretos de Astrologia” ou astronomia, na linguagem atual que contemplou “a gênese e os propósitos das primeiras viagens henriquinas, com espírito prático, exato e concreto”.  Em 1415, era por ele fundada a Escola Naval de Sagres, primeira escola naval do mundo.  Essa escola tornou-se a Universidade Náutica, formada pela Escola Naval e a Junta dos Matemáticos de Lagos, passando a ser o centro não-oficial dos estudos de geografia de toda a Europa.  Foi fundada no Cabo de Sagres, a última linha da Europa ocidental, onde se abre no oceano, portanto foi um território muito disputado.  Os templários veneravam esse lugar, onde existia um templo druida.  A Escola de Sagres na realidade era uma escola iniciática, funcionando na capela do Infante – a Ermida de São Jerônimo, construída às margens do Tejo, onde se abençoava aqueles que partiam para o mar.

Dom Henrique, chamado o “Príncipe do Atlântico”, foi nomeado, pelo Papa Martinho V, administrador apostólico da Ordem de Cristo, em 1455.  Com isso, todas as terras descobertas pelos portugueses iam sendo incorporadas ao patrimônio dessa Ordem.

O símbolo da Ordem de Cristo, a Cruz de Malta era apresentado nas velas das caravelas da esquadra de Cabral.  A bandeira hasteada num mastro, quando aqui chegaram, em 1500, representando a nova terra descoberta, também continha a mesma imagem. Por isso também o nome de “Província de Santa Cruz”.  O Brasil, portanto, foi patrimônio da Ordem de Cristo.

        O nome de Pedro Álvares Cabral tem as seguintes origens:
        Pedro à petrus; pedra, pitar (tábua da Lei, pedra);
        Álvares à alvar, avis (ave branca);
        Cabral à capris, cabra, pastor de ovelhas ou Kabir: Kumara.

Texto retirado de uma das palestras do Professor Henrique José de Souza, na revista Dhâranâ:
“Da Atlântida e da África, da Ásia e da Europa, migraram grupos humanos que vieram se fundir na população autóctone do Brasil.  Durante milênios, a ação dos meios telúricos – intensa e abundante, cingiu o homem, domou-o, impondo-lhe o litoral e o sertão, o mar e a floresta, a montanha e os vales, o rio, o brejo e o campo. 

O amálgama das raças, na variedade do habitat, predispôs à universalidade e ao cosmopolitismo.  Vencidos e foragidos; vítimas de bárbaros e seus algozes; em todas as épocas, desde a Idade Pré-histórica, refugiaram-se no Brasil.  E o Brasil acolheu-os, alimentou-os, fortaleceu-lhes os ânimos; e lhes foi infiltrando, na magia de seus encantos, na seiva de seus frutos, no magnetismo de suas auroras e poentes, na miragem de seus tesouros, na magnificência de seus aspectos, na limpidez de suas águas, sentimentos de beleza, paz, bondade, amor, solidariedade e harmonia.  Dos gestos agradecidos subiram bênçãos, das almas reconfortadas, gratidão; e dos espíritos serenos, idéias criadoras.  Assim se fez o Karma do Brasil – terra de fraternidade e que todos os atos e pensamentos de seus filhos – brasileiros – seja moldado sob elevados princípios que caracterizam as almas privilegiadas, servindo de exemplo às demais almas em peregrinação na Terra”.


CONCLUSÃO

Os sinais de existência de civilizações desenvolvidas no Brasil são inúmeros, mas chama a atenção que os estudos a respeito parecem não avançar, mantendo uma desnecessária aura de mistério em torno das inscrições, objetos e ruínas.  Independente de serem culturas de outras partes do mundo trazidas para cá, ou de civilizações que aqui se desenvolveram, parece cada vez mais claro que a história do Brasil precisa ser reavaliada.  Especialmente aquela anterior à chegada dos europeus que, segundo grande número de pesquisadores acredita, nada descobriram.  Apenas tomaram posse de um território há muito conhecido.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUENO, Eduardo. Brasil: Terra à vista! Porto Alegre: L&PM Editores, 2000.
____, ____. A viagem do descobrimento: A verdadeira história da expedição de Cabral. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998 (Coleção Terra Brasilis;1).
FERREIRA, Tito Lívio. A Ordem de Cristo e o Brasil. São Paulo: Ibrasa, 1980.
SCHROEDER, Gilberto. Brasil: 500 anos de mistérios. In: Revista Sexto Sentido. São Paulo: Mythos Editora. N.º 10, Abril 2000.
PAZIENTE, Mário.  Curso Preparatório de Eubiose. 3a. Edição. _: Biblioteca Dhâranâ, 1991.
Revista Veja (Suplemento Especial). São Paulo: Editora Abril.  Ano 33 – N.º 17, Abril 2000.


Pesquisa feita pelos alunos do Nível Karuna, apresentada em Maio/2000, na mini-convenção do Departamento Regional de Campo Grande–MS.


Vista Aerea do Cabo de Santo Agostinho - Foto: Miguel Igreja

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Descobrimento do Brasil


O descobrimento do Brasil pelos europeus deu-se no contexto da expansão marítima que ocorreu em fins do século XV.

A suspeita da existência de terras a ocidente era bastante forte, sobretudo, após a primeira viagem de Cristóvão Colombo (1492), o que explica a insistência do rei de Portugal dom João II durante as negociações do Tratado de Tordesilhas (1494) para estender até 370 léguas a oeste de Cabo Verde as possíveis terras portuguesas.

A presença de navegadores espanhóis no litoral brasileiro em 1499-1500 é discutida. É o caso, por exemplo, de Alonso de Ojeda, que teria chegado ao Rio Grande do Norte, de Vicente Yáñez Pinzón, que partiu de Palos, em 18 de novembro de 1499, e positivamente desembarcou no litoral do brasileiro. Chegou ao cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, que chamou de Santa Maria de la Consolación. No entanto, alguns historiadores acham que pode ter sido a ponta de Mucuripe ou a ponta da Jabarana, no Ceará. Seguindo em direção noroeste descobriu a embocadura do rio Marañon e a do Orinoco que chamou de mar Dulce. Ainda no litoral norte descobriu o cabo de São Vicente, atualmente cabo Orange. Um mês depois da partida de Pinzón, Diego de Lepe seguiu a mesma rota explorando a costa do Brasil ao sul do cabo de Santo Agostinho.

Do lado português, é provável que Duarte Pacheco Pereira, autor do Esmeraldo de situ orbis, tivesse estado no Brasil em 1498 ou 1499.

Entretanto, a descoberta oficial deu-se com a expedição de Pedro Álvares Cabral, fidalgo português nomeado pelo rei para comandar a expedição que se destinava à Índia, dando continuidade à abertura da rota para aquela região descoberta, em 1498, por Vasco da Gama.